Oitavo título de Enrique Vila-Matas publicado pela Cosac Naify, Dublinesca narra a história de um renomado editor catalão, Samuel Riba, que chega à meia-idade imerso numa profunda crise existencial, amorosa, sentimental e histórica. Abstêmio e aposentado, trocou o álcool pelo computador e ressente-se da falta de uma vida social agitada, com autores e eventos literários. Riba deseja estar em Nova York, “o centro do mundo”, onde vive seu amigo Paul Auster. Mas seu provincianismo, e a vontade de dar o que chama de “salto inglês”, o faz buscar refúgio em Dublin, na Irlanda. Lá, guiado pelo Ulysses, de James Joyce, e imaginando-se testemunha da grande crise editorial do século – o atropelo do livro impresso pelo digital –, Riba pretende comemorar o bloomsday e promover um “funeral íntimo” de uma época: velar a passagem da era de Gutenberg para a do Google. A orelha da edição brasileira é assinada pelo escritor argentino Ricardo Piglia.
Enrique Vila-Matas 🇪🇸 (1948-) é um premiado escritor catalão, nascido em Barcelona. As suas obras são uma mescla de ensaio, crónica jornalística e novela. A sua literatura, fragmentária e irónica, dilui os limites entre a ficção e a realidade. Em 1968 foi viver em Paris, autoexilado do governo de Franco e à procura de maior liberdade criativa.







