Nunca pensei em passar o Natal na Holanda, e lá não tem mesmo nenhuma grande tradição natalina. A cidade é úmida, cheia de correntes de ar gelado. Mas a agenda permitia oito dias livres e decidi por uma das cidades mais coloridas do mundo, na esperança de viver algum tipo de magia. A escolha foi acertada. Conhecida por seu caráter tolerante, por seus inúmeros e charmosos canais, por seus museus consagrados e suas muitas bicicletas, Amsterdam quase me fez acreditar de novo em Papai Noel. Dá pra passear de barco, desfrutar dos cafés flutuantes e patinar no inverno. Por todas as partes há flores alegrando os olhos dos que passam pelas encantadoras casas de arquitetura única. E a cidade tem todas as vantagens de um grande centro urbano: cultura, entretenimento, restaurantes e transporte de qualidade. Entretanto, não perde a atmosfera de cidade pequena, onde o povo é simpático e solícito. Conhecidos por sua amabilidade, os holandeses adoram conversar e contar curiosidades sobre seu estilo de vida.


Amsterdam Light Festival

Já é tradição: no final do ano toda a cidade se ilumina um pouco mais. Os canais são decorados e há o Amsterdam Light Festival, um evento que conta com um trajeto a pé ou de barco, ao longo das esculturas de luz instaladas nos canais da Cidade Velha para o tempo do festival e a rota do barco ‘Water Colors’ através das instalações refletidas na água. Os visitantes encontram 40 instalações de luz criadas por artistas internacionais, bem como eventos especiais, apresentações e workshops.


 

 

Gastronomia

Amsterdam é um verdadeiro paraíso gastronômico. Há milhares de opções para os lariquentos, como casas de waffles e pizzarias a cada quinze passos. Mas também encontramos restaurantes ma-ra-vi-lho-sos com gastronomia internacional de primeiríssima linha. Mas ainda que não tivéssemos encontrado, os próprios mercados são especiais. Marqt é visita obrigatória. O número um absoluto é o Mercado Albert Cuyp no bairro De Pijp. É o maior mercado a céu aberto da cidade. Encontra-se de tudo, de frutas e peixes tropicais a livros e aparelhos eletrônicos. Foi lá que compramos os itens para uma ceia improvisada.


Rijksmuseum

É quase impossível não visitar o Rijksmuseum – um dos mais consagrados museus da Holanda. Depois de ter passado por uma extensa reforma que durou quase uma década, todo o prédio finalmente foi tomado por arte e história. Mesmo depois de diversas reformas e mudanças, a principal atração do museu ainda se mantém intacta: a pintura A Ronda Noturna, de Rembrandt van Rijn, com 3,80 metros de altura e 4,50 metros de largura, possui desde 1885 um salão especial só para si. Além disso, cerca de oito mil obras estão instaladas em 80 salas para contar a história do país, desde a Idade Média até a atualidade. O museu agora também conta com a ala asiática, uma área moderna de vidro e concreto, que vai abrigar preciosidades de coleções de arte asiática.


Van Gogh Museum

Seu acervo é composto por trabalhos do pintor Vincent van Gogh e de seus contemporâneos. A visita ao museu é uma experiência única, pois contém a maior coleção de pinturas (mais de duzentas) de Vincent van Gogh no mundo. Ele oferece a oportunidade de acompanhar a evolução do artista, ou comparar suas pinturas às obras de outros artistas do século XIX na coleção. O museu também oferece uma vasta oferta de exposições sobre vários assuntos do século XIX e história da arte.


Anne Frank Huis

Mais de 80 mil pessoas visitam este famoso museu todos os anos. Seu acervo conta a história de Anne Frank, a jovem que documentou os horrores da II Guerra Mundial em seu diário. Foi com apenas 13 anos de idade que Anne Frank permaneceu escondida dos nazistas com sua família no Anexo da casa que hoje abriga o museu. Em agosto de 1944, foram traídos e entregues ao regime nazista, pouco antes de sua capitulação. Anne Frank morreu em um campo de concentração e seu pai foi o único membro da família a sobreviver.


Red Light District

O Bairro da Luz Vermelha de Amsterdã
De Wallen, De Walletjes ou Bairro da Luz Vermelha é famoso por ser uma zona de prostituição legalizada. O bairro é constituído por um conjunto de ruelas estreitas agrupadas em torno da Igreja Velha (Oude Kerk). No bairro, há boates, restaurantes, bares, cafés, cinemas eróticos, sex shops, bares de strip-tease, o Museu do sexo e a prostituição propriamente dita, que é praticada em vitrines vermelhas voltadas para a rua onde as prostitutas se exibem para os transeuntes.


Vondelpark

Há vários parques espalhados pela cidade que são o destino certo dos holandeses, principalmente no verão. Todavia, há um parque que é especial e muito visado pelo seu charme e tamanho: o Vondel Park. Realmente é o maior de Amsterdam e também o mais popular. Se  estiver visitando Amsterdam no verão vai perceber isso quando estiver por lá, já que achar lugarzinho para estender uma toalha pode ser difícil. No inverno o charme também vale a visita, pois a geada deixa a grama e as pistas livres para passeios belíssimos. Alugue uma bicicleta para explorar melhor toda a extensão da área verde. É uma ótima oportunidade para desenferrujar o seu lado ciclista.


Cidade das bicicletas

Uma cidade inteira com sinalização especial para ciclistas só poderia resultar num trânsito biker. Só o estacionamento da Estação Central comporta oito mil bicicletas. Parece mesmo que todo mundo tem a sua.