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O que vemos, o que nos olha

Georges Didi-Huberman

O ato de ver só se manifesta ao abrir-se em dois, ou seja, o que vemos vive em nossos olhos pelo que nos olha. Partindo desse paradoxo, o historiador da arte francês Didi-Huberman compõe um ensaio que se aprofunda nas questões da arte, da estética e da interpretação contemporâneas.

Tradução de Paulo Neves
Coleção Trans da Editora 34

A Partilha do Sensível

Jacques Rancière

De forma breve e sucinta, Rancière explicita conceitos-chave de seu pensamento, como o vínculo indissolúvel entre arte e política, que se baseia no modo como as operações do fazer são partilhadas pelos membros de uma comunidade. Uma excelente introdução à obra de um dos maiores filósofos da atualidade.

“A questão da ficção é, antes de tudo, uma questão de distribuição dos lugares.”

Em A partilha do sensível: estética e política (2005), o filósofo francês Jacques Ranciére questionou não só o conceito de pós-modernidade, como também o de modernidade. Nos moldes atuais, a noção de modernidade acaba servindo de palco para as generalizações mais absurdas possíveis. O recorte temporal que se convencionou nomear de modernidade, ao arrastar para seu turbilhão processos históricos de longa duração e eventos complexos, desde a sanguinária e explosiva Revolução Francesa até o massacre de judeus ao longo da II Guerra, reforça uma tradição cultural que esse autor chama de dramatúrgica porque monta e dota de significado uma celeuma de fenômenos sociais, discursos e formas de vida a partir de um texto pré-estabelecido.