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paixão por uma língua

Gabriela Gomes

nenhuma paixão
por uma língua
é tão forte
quanto
àquela
que te faz
parir
em outra
terra


In: Gabriela Gomes, Língua-mãe, Porto, ed. Fresca

 


Gabriela Gomes

Migrando

Mariana Chiesa Mateos

Migrando tem duas capas, dois pontos de partida, mas é indiferente por onde se começa a viagem. Este livro se deixa folhear de trás para a frente e de frente para trás. A argentina Mariana Chiesa Mateos realizou uma obra poética aberta a múltiplas interpretações e que, assim como o próprio fenômeno da migração, propõe ao leitor a experiência de vários pontos de vista ao mesmo tempo. Este é um livro só de imagens, em que o leitor reinventa a história. Não existe um olhar único, nem um único final possível…

Aves e pessoas cruzam os céus. Fazem as malas, abrem as asas e lançam-se à aventura… Dedicada aos que deixaram a sua terra para re-existirem noutro lugar, esta história sem palavras e de imagens poéticas, mostra como a palavra migrante pode ser sinónimo de sofrimento e fragilidade, mas também de coragem e futuro. Um livro de desenhos, no qual cada leitor re-inventa a própria história. Mudar de país, mudar de paisagens. Deixar para trás a língua conhecida, os rostos familiares, e se abrir para novas caras e novos sons. Esse é o desafio de quem migra: milhões de pessoas que buscam melhores condições e recomeçam a vida longe de casa, num outro país.

 

Desenvolvido em colaboração com a Anistia Internacional, e dedicado aos que deixaram a sua terra para reconstruir a existência em outro lugar, este livro com desenhos nítidos, comoventes e essenciais mostra, com muita delicadeza, como a palavra migrante pode ser sinônimo de sofrimento e fragilidade, mas também de coragem e de futuro.


Mariana Chiesa Mateos 🇦🇷 (1967- ) nasceu em La Plata, na Argentina, e vive hoje na Itália, após uma estada em Barcelona, entre 1997 e 2008. Dedica-se à pintura, gravura e ilustração. A infância, o desejo, a perda são temas recorrentes no trabalho desta artista, que tem participado em diversas mostras internacionais. Publicou os títulos No hay Tiempo para Jugar com histórias de crianças trabalhadoras – selecionado para o catálogo White Ravens, da International Youth Library, e lhe valeu uma menção especial (ilustrações selecionadas pelo júri da Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha 2003) e Mis Primeras 80.000 Palabras (obra coletiva).

Todo mundo é misturado

Beth Cardoso

Pablo, o novo menino da classe de Júlia, é boliviano. Curiosa, ela logo quer saber mais sobre ele, mas seus colegas de classe não tem uma opinião tão favorável sobre o aluno novo que veio de longe. Uma série de mal entendidos e palavras trocadas em português e espanhol armam um cenário nada amigável para Pablo. Será que Júlia conseguirá ajudar o novo amigo e fazer todos entenderem que, no fundo, somos todos “misturados”?