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Serafina, O Aniversário

Albertine

Percorrendo as páginas deste fabuloso livro, acompanhamos a pequena Serafina e os seus amigos ao longo de um dia muito importante. Acordam, preparam-se e organizam tudo o que é preciso para receber os convidados. No final, celebram juntos esta festa de aniversário tão esperada com um delicioso bolo, jogos divertidos e muitos presentes. Albertine convida-nos a brincar e a sonhar com este livro de dimensões e cores vivas. Uma aposta original e surpreendente, fiel ao espírito criativo da autora. Podemos mergulhar com as crianças e estimular a observação e o diálogo na companhia de personagens divertidos.

Traz temas como: rotinas diárias, humor, aniversário, partes do dia, amizade


Albertine (1967–) Genebra, Suíça. Artista plástica e ilustradora que combina o trabalho editorial com a produção de exposições, animações e o design gráfico. Muitas das suas publicações infantis são resultado da colaboração com o escritor Germano Zullo. Prêmios em literatura infantil, como o Prémio Sorcière, o New York Times Best illustrated Children’s Books ou a Feira de Bolonha. É a primeira artista suíça a ganhar a Maçã de Ouro de Bratislava e recentemente, em 2020, recebeu o prêmio Hans Christian Andersen em reconhecimento pelo conjunto da sua obra.

Absolutamente nada e outras histórias

Robert Walser

Admirado em seu tempo por escritores como Franz Kafka, Robert Musil e Walter Benjamin, e considerado hoje um dos mais importantes autores de língua alemã do século XX, o suíço Robert Walser (1878-1956) permanece pouco conhecido do leitor brasileiro. Autor de poemas e quatro romances, é nas prosas curtas (reunidas em mais de vinte volumes de suas obras completas pela editora Suhrkamp) que o gênio de Walser se manifesta plenamente.

Com mais de quarenta minicontos, solilóquios, esquetes e improvisos escritos entre 1907 e 1929, esta antologia oferece – na apurada tradução de Sergio Tellaroli – um amplo panorama de sua produção. Uma caminhada pelo campo, uma viagem de balão, um quarto alugado, calças compridas, um macaco num café, flores, Kleist ou Cézanne, quase tudo ou mesmo “absolutamente nada” pode ser matéria para sua ourivesaria da simplicidade, do humor e da delicadeza. Como disse Hermann Hesse, “se Walser tivesse cem mil leitores, o mundo seria um lugar melhor”.



Projeto Nada Absolutamente Nada

A partir da leitura de contos de Walser, que viveu em diversas internações psiquiátricas, e cuja obra se tornou influência definitiva na literatura contemporânea de língua alemã, Dias & Riedweg realizaram uma série de oficinas na antiga Casa Daros, Rio de Janeiro, com um grupo de 16 pacientes do IPUB-UFRJ. O desafio era mergulhar no universo da longa história de intimidade entre a loucura e a literatura. Vozes ouvidas, mas agora escritas e filmadas. Nelas, os participantes reescreveram suas histórias e impressões sobre a vida e a morte, sobre os territórios da razão e da loucura no cotidiano de cada um, em vozes dissonantes mas reais, poéticas ainda que possivelmente desconectadas da realidade arbitrária e às vezes simplista. Mesmo quando a história não nos satisfaz, nossas vozes só conseguem continuá-la num silêncio quase monótono, que às vezes só a literatura vem perturbar. Não há nada que nos separe, desde que não haja nada que tampouco nos una. Somos todos similares, ainda que sempre tão diferentes, e, nesse insano desafio em nos diferenciar, atravessamos nossa efêmera existência.

 


Robert Walser 🇨🇭 (1878-1956) foi um escritor suíço que trabalhou como bibliotecário no Berner Staatsarchiv. Aos 50 anos, se interna na Clínica Psiquiátrica Waldau, nas cercanias de Berna. Segue ainda com seu trabalho literário até 1933, quando, contra a sua vontade, é transferido para uma instituição psiquiátrica ligada a seu cantão natal, Appenzell, em Herisau. Walser permanece ali até o fim da vida. Morre no dia de Natal, durante um passeio na neve. Livros: Os irmãos Tanner (1907); Jakob von Gunten (1909); Die Rose (1925)

Os devaneios do caminhante solitário

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

Este grande testamento inacabado combina o argumento filosófico com anedotas saborosas da própria vida e descrições poéticas de um homem que se sente afastado de todos. O livro é um fascinante retrato do autor. que aqui encontra espaço para analisar o passado e se defender dos críticos que o condenaram à solidão.

Confira a entrevista com Julia da Rosa Simões em comemoração aos 300 anos de um dos grandes pensadores da história moderna. Julia é tradutora da obra “Os Devaneios do Caminhante Solitário” e leitora de Rousseau desde os tempos de colégio.

https://www.youtube.com/watch?v=db08TMt5T10