Romance publicado originalmente em 1940, foi considerado por ninguém menos que Jorge Luis Borges como uma “trama perfeita”.

Um cidadão venezuelano torna-se recluso em uma ilha deserta para fugir de uma condenação judicial.  Sobrevivendo nessa ilha misteriosa, aparentemente deserta, um lugar onde “não se vive”, um condenado à prisão perpétua foragido se vê subitamente rodeado por estranhas companhias. Enquanto se alimenta de raízes psicotrópicas, o expatriado vê se apagar cada vez mais o limite entre a imaginação e a realidade. Aos poucos, ele investiga as misteriosas figuras, hóspedes do excêntrico anfitrião Morel, e descobre, atordoado, que embora ele as veja, ninguém o vê. Entre delírios e desejos, passado e futuro se entrelaçam e as intenções de Morel se revelam ainda mais perversas do que se poderia imaginar. Em um clima de paranoia e mistério, ele vai descobrir a tênue fronteira entre realidade e ilusão.

Embora seja menos propenso à tecnologia, escrevendo à mão, Bioy Casares escreve um romance que pode ser considerado precursor da holografia, especialmente em um tempo quando ninguém falava nisso.