Em 1912, preso ao 21 anos, Egon Schiele descreve nestes diários a sua agonia, refletindo sobre a condição do artista como criador eterno, sempre em colisão com o poder vigente. A tradução é de Rui Sousa e composição gráfica de Catarina Domingues, edição de março de 2024, da edições Sr Teste.

Desta tiragem a editora fez uma edição especial de 30 exemplares com 3 peças de um puzzle da pintura: “O meu caminho errante conduz aos abismos” dentro de envelope com frase. O puzzle está incompleto porque acompanha este diário: faltam peças à liberdade. Esta encontra-se fracturada. Teremos a coragem de criar as peças em falta?

Não me sinto punido, mas purificado.


Egon Schiele 🇦🇹 (1890-1918)  foi um pintor austríaco ligado ao movimento expressionista. Um protegido de Gustav Klimt, foi um pintor importante do início do século XX. Seu trabalho é célebre por sua intensidade e sua sexualidade crua, e pelos muitos autorretratos que produziu, incluindo autorretratos nus.