tag . Alison Bechdel

Você é minha mãe?

Alison Bechdel

Depois de Fun Home, Bechdel segue a trilha de seu passado, investigando agora a relação com a mãe, uma atriz amante de música e literatura presa a um casamento infeliz. Num relato emocionante e tremendamente íntimo, a autora se debruça sobre o abismo que a separa de sua mãe – que parou de tocar ou beijar a filha antes de dormir, “para sempre”, quando ela tinha sete anos – em busca de respostas e de novas perspectivas para o futuro de ambas. Combinando elementos tão díspares quanto a vida e obra do psicanalista Donald Winnicott, uma ilustração do Dr. Seuss, recortes das obras de Virginia Woolf e a própria vida amorosa.

 

Fun Home

Alison Bechdel

Fun Home é um marco dos quadrinhos e das narrativas autobiográficas, além de uma obra-prima sobre sexualidade, relações familiares e literatura. Um labirinto da memória trazido à tona com graça, humor e a força das maiores realizações artísticas.

Pouco depois de revelar à família que é lésbica, Alison Bechdel recebe a notícia de que seu pai morreu em circunstâncias que poderiam indicar um suicídio. Nesta aclamada autobiografa em quadrinhos, ela explora a difícil, dolorosa e comovente relação com o pai. A autora retraça também os próprios passos, da criança que cresceu entre os cadáveres da funerária da família à jovem que se encontrou nos livros e na arte. Num trabalho imensamente poderoso e sutil, Bechdel trilha o caminho de sua vida em busca de um pai tão enigmático quanto incontornável.

 

A obra é centrada em seu relacionamento com o pai, uma figura enigmática e distante. Na orelha do livro, Bruce Bechdel é descrito como um “agente funerário de terceira geração, professor de inglês do ensino médio, restaurador compulsivo da casa vitoriana da família, especialista em preservação histórica, um pai distante e frio e um homossexual enrustido que se envolveu com alunos e com o baby-sitter de seus filhos”. 

Alison e seu pai Bruce BechdelTanto esse caricato personagem como a vida da família Bechdel parecem ficção. A autora capta e registra cada sutileza da personalidade do pai, descrevendo-o e analisando-o de uma forma que às vezes só conseguimos fazer com personagens inventados. Da mesma forma, transforma cada um de seus familiares em um personagem vívido e interessante.