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Que Emoção! Que Emoção?

Georges Didi-Huberman

Diante de uma plateia de jovens e adultos, o filósofo e historiador da arte Georges Didi-Huberman pergunta: o que são as emoções? Todos nós as conhecemos em primeira mão, é claro, mas nem por isso elas deixam de nos intrigar. Somos nós que as “temos” ou são elas que nos “têm”? Nós as sofremos – e portanto elas nos imobilizam, nos reduzem à passividade – ou elas nos movem, isto é, nos levam à ação? Elas nos isolam e nos silenciam ou, ao contrário, são uma forma de comunicação com os nossos semelhantes? Para sugerir respostas a essas questões, Didi-Huberman nos convida a percorrer as ideias de alguns pensadores ocidentais – e, sobretudo, a olhar com atenção para as emoções cristalizadas em grandes obras de arte, da escultura antiga ao cinema moderno.

Didi-Huberman, a partir de referências que vão desde a filosofia clássica, ao cinema soviético, passando pela fotografia, literatura e psicanálise, discute a relação entre emoções e ações, defendendo seu papel mobilizador, numa crítica ao racionalismo, que opõe logos e pathos e relega a emoção a uma condição de desvio. Em uma defesa emocionada, o autor ressalta o caráter social das emoções e, por fim, sua potencialidade de mobilização social.

Cascas

Georges Didi-Huberman

Obra singular no percurso de Georges Didi-Huberman, Cascas é o relato de uma visita do autor ao museu de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, em junho de 2011 – do qual retorna com algumas cascas de bétulas e um punhado de fotografias. A partir desses registros, o filósofo inicia uma fina interrogação sobre a memória do Holocausto e o potencial subversivo das imagens. O resultadoé uma reflexão ao mesmo tempo pessoal e coletiva, lírica e intelectual, que tem como complemento, neste volume, a entrevista inédita concedida a Ilana Feldman, “Alguns pedaços de película, alguns gestos políticos”.

“A casca não é menos verdadeira que o tronco. É inclusive pela casca que a árvore, se me atrevo a dizer, se exprime”.

 

O que vemos, o que nos olha

Georges Didi-Huberman

O ato de ver só se manifesta ao abrir-se em dois, ou seja, o que vemos vive em nossos olhos pelo que nos olha. Partindo desse paradoxo, o historiador da arte francês Didi-Huberman compõe um ensaio que se aprofunda nas questões da arte, da estética e da interpretação contemporâneas.

Tradução de Paulo Neves
Coleção Trans da Editora 34