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diário de luto

Roland Barthes

De 26 de outubro de 1977, dia seguinte ao da morte de sua mãe, até 15 de setembro de 1979, Roland Barthes manteve um diário de luto, 330 fichas quase todas datadas e reunidas neste livro num conjunto publicado pela primeira vez.

“Habito minha tristeza e isso me faz feliz.
Tudo que me impede de habitar minha tristeza é insuportável pra mim”

“Tomando estas notas, confio-me à banalidade que há em mim.”

“Eu pensava que a morte de mam. faria de mim uma pessoa “forte”,
pois acederia à indiferença do mundano.
Mas foi exatamente o contrário: estou ainda mais frágil
(normal: por um nada, em estado de abandono).


Roland Barthes 🇫🇷 (1915-1980) foi um escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês. Formado em Letras Clássicas e Gramática e Filosofia na Universidade de Paris, fez parte da escola estruturalista, influenciado pelo lingüista Ferdinand de Saussure. Um dos mais importantes intelectuais franceses, foi professor da École Pratique des Hautes Études e do Collège de France. Além de colaborações para diversos periódicos (Esprit, TelQuel etc.), é autor de, entre outras obras, O grau zero da escritura (1953), Mitologias (1957), Crítica e verdade (1966), Sistema da moda (1967), O prazer do texto (1973) e Fragmentos de um discurso amoroso (1977).