Apenas cultivam o aforismo aqueles que conheceram o medo no meio das palavras, esse medo de se desmoronarem com todas as palavras.

Emil M. Cioran

In: CIORAN E. M., Syllogismes de l’Amertume (1952) Gallimard
Silogismos da Amargura
, tradução de Manuel de Freitas, ed. Letra Livre (2009)


“Prismas Elétricos” (1914) de Sonia Delanauy são ao mesmo tempo uma exibição de relações de cores e uma representação abstrata de sua primeira experiência com iluminação pública elétrica em uma avenida de Paris. Os postes de luz tornam-se discos de cores radiantes que permeiam toda a tela, mas também há sugestões de formas sólidas. Um quiosque alto com livros ou revistas fica à esquerda, e partes de algumas figuras sombrias aparecem na metade inferior da pintura, quase completamente absorvidas pelas cores brilhantes da luz elétrica.


Emil M. Cioran 🇷🇴 (1911 — 1995) foi um escritor e filósofo romeno radicado na França. Em 1949, ao publicar “précis de decomposition”, passa a assinar E.M. Cioran, influenciado por E.M. Forster — esse “M” não tem nenhuma relação com outros nomes do filósofo (como Michel, Mihai, etc.) Um dos melhores conhecedores da obra de Cioran é o filósofo espanhol Fernando Savater, um de seus mais importante livros adentrando no pensamento de Cioran é Ensayo Sobre Cioran, de 1974. Ambos eram próximos e o livro termina numa entrevista com o filósofo romeno, mostrando um pouco de seu lado pessoal. Principais interesses: antinatalismo, misantropia, suicídio. Trabalhos notáveis: Breviário de Decomposição, Silogismos da Amargura, Exercícios de Admiração.