O pecado não é estar triste, mas amar a tristeza. Cultivei-a de todas as formas, por necessidade e não por coquetismo. Amo as cantilenas espanholas, húngaras e argentinas, amo a tristeza em todas as suas formas, em todas as latitudes e níveis, do mais baixo ao mais alto.

CIORAN, Cahiers: 1957-1972

Image: Kristin Vestgård


Emil M. Cioran 🇷🇴 (1911 — 1995) foi um escritor e filósofo romeno radicado na França. Em 1949, ao publicar “précis de decomposition”, passa a assinar E.M. Cioran, influenciado por E.M. Forster — esse “M” não tem nenhuma relação com outros nomes do filósofo (como Michel, Mihai, etc.) Um dos melhores conhecedores da obra de Cioran é o filósofo espanhol Fernando Savater, um de seus mais importante livros adentrando no pensamento de Cioran é Ensayo Sobre Cioran, de 1974. Ambos eram próximos e o livro termina numa entrevista com o filósofo romeno, mostrando um pouco de seu lado pessoal. Principais interesses: antinatalismo, misantropia, suicídio. Trabalhos notáveis: Breviário de Decomposição, Silogismos da Amargura, Exercícios de Admiração.