- Dom Dinis (1261-1325)
- Camilo Castelo Branco (1825-1890)
- António Nobre (1867-1900)
- Alberto Osório de Castro (1868-1946)
- Eugénio de Castro (1869 -1944)
- Alberto de Oliveira (1873-1940)
- Fernando Pessoa (1888-1935)
- Mário Saa (1893-1971)
- Florbela Espanca (1894 — 1930)
- António de Sousa (1898-1981)
- Vitorino Nemésio (1901-1978)
- Miguel Torga (1907-1995)
- Eugénio de Andrade (1923-2005)
- Natália Correia (1923-1993)
- David Mourão-Ferreira (1926-1996)
- Manuel Alegre (1936-)
- Mário de Carvalho (1944-)
- Daniel Faria (1971-1999)
- Herberto Helder (1930-2015)
- Vasco Pereira da Costa
- José Ribeiro Ferreira
- José de Sousa Saramago (1922-2010)
- Manuel Silva-Terra (1955-)
- Valter Hugo Mãe (1971-)
- José Luis Peixoto (1974-)
- Matilde Campilho (1982-)
Dom Dinis 🇵🇹 (1261-1325) nada menos que o 6º rei de Portugal, filho de D. Afonso III e de D. Beatriz de Castela, nasceu a 9 de outubro de 1261 e faleceu em 1325. Aclamado em 1279, foi um dos mais longos reinados da história de Portugal. Deu um grande impulso à cultura, tornando oficial o uso da língua portuguesa, e fundando em Lisboa, em 1290, um Estudo Geral. Mandou traduzir importantes obras e foi, ele próprio, um destacado poeta.
Camilo Castelo Branco 🇵🇹 (1825-1890) foi um dos maiores escritores portugueses do século XIX. Amor de Perdição foi sua novela mais importante. Suas novelas passionais fazem do escritor o representante típico do Ultra Romantismo em Portugal. Foi um dos primeiros escritores portugueses a viver exclusivamente do que escrevia. Recebeu o título de Visconde concedido pelo rei de Portugal, D. Luís I.
António Nobre 🇵🇹 (1867-1900) nasceu no Porto, estudou Direito em Coimbra, onde conheceu Alberto de Oliveira, sendo um dos fundadores do movimento Simbolista. Vai para Paris, mas a tuberculose o impede de exercer o cargo de cônsul. Viajou entre Lisboa, Porto, Suíça e Madeira, procurando uma cura para a doença. Morreu na Foz do Douro com apenas 32 anos de idade. É autor do livro Só, “o mais triste que há em Portugal”, segundo as suas próprias palavras. Habitou uma torre da muralha medieval da cidade, que assim ficou conhecida como “Torre de Anto”.
Alberto Osório de Castro (1868-1946) foi um político e Ministro da Justiça Português para além de juiz e poeta. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Na Poesia publicou Exiladas (1895), Flores de Coral (1908), O Sinal da Sombra (1923). Esteve ligado à revista Boémia Nova, com o poeta António Nobre, e Os Insubmissos, ao lado de Eugénio de Castro e Alberto de Oliveira, para além do jornal Novo Tempo, onde publicou poemas do seu amigo Camilo Pessanha.
Eugénio de Castro 🇵🇹 (1869 -1944) nasceu e morreu em Coimbra. Licenciado na Faculdade de Letras, foi seu professor e diretor. Considerado o fundador do Simbolismo na literatura portuguesa, polemizou com António Nobre e Alberto de Oliveira. Oaristos é o seu livro mais famoso. A casa onde nasceu o poeta fica na rua Ferreira Borges.
Alberto de Oliveira 🇵🇹 (1873-1940) foi um poeta português nascido no Porto, frequentou a Universidade de Coimbra, onde conheceu António Nobre e Eugénio de Castro. Das polêmicas literárias desses tempos, nasceram os movimentos simbolista e decadentista. Palavras Loucas é a sua obra mais conhecida. É considerado o fundador do neogarrettismo, defendendo, sob a inspiração literária de Almeida Garrett, o nacionalismo e a recuperação da literatura popular, bem como o abandono de modelos culturais estrangeiros.
Fernando Pessoa 🇵🇹 (1888-1935) foi um dos mais importantes poetas da língua portuguesa e figura central do Modernismo português. Nascido em Lisboa. Poeta lírico e nacionalista cultivou uma poesia voltada aos temas tradicionais de Portugal e ao seu lirismo saudosista, que expressa reflexões sobre seu “eu profundo”, suas inquietações, sua solidão e seu tédio. Pessoa foi vários poetas ao mesmo tempo, criou heterônimos – poetas com personalidades próprias que escreveram sua poesia. Autor de Mensagem, Livro do Desassossego e muitas outras obras.
Mário Saa 🇵🇹 (1893-1971) foi um poeta português nascido em Caldas da Rainha, vindo a falecer em Avis, no Alentejo, de onde era originária a sua família. Foi onde viveu a maior parte da sua vida, numa grande propriedade familiar. Frequentou vários cursos que nunca concluiu, desenvolvendo a sua atividade cultural em muitos domínios, desde a arqueologia à poesia. O anti-semitismo é uma das facetas menos divulgadas do seu pensamento. Como poeta, frequentou as principais tertúlias do seu tempo, publicando nas revistas mais famosas, entre elas a Presença.
Florbela Espanca 🇵🇹 (1894 — 1930), batizada como Flor Bela Lobo, e que opta por se autonomear Florbela d’Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas 36 anos, foi plena, embora tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos, que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização, feminilidade e panteísmo. Há uma biblioteca com o seu nome em Matosinhos.
António de Sousa 🇵🇹 (1898-1981) foi um poeta português nascido no Porto, licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, colaborou em diversas revistas literárias. A sua poesia revela influência de António Nobre. Trabalhos mais importantes: Caminhos, Sete Luas, O Náufrago Perfeito, Jangada, Livro de Bordo, Linha de Terra, Terra ao Mar.
Vitorino Nemésio 🇵🇹 (1901-1978) foi um poeta português nascido em Ilha Terceira. Estudou Direito em Coimbra, trabalhando na Imprensa da Universidade, antes de se transferir para a Faculdade de Letras, onde se licenciaria em Românicas. Foi professor universitário em Lisboa. Viajado e irreverente, correspondeu-se com algumas importantes figuras da cultura europeia. Como romancista, o seu trabalho mais notável é Mau Tempo no Canal. Como poeta, citam-se os seguintes títulos: Festa Redonda, Nem Toda a Noite a Vida, O Pão e a Culpa, O Verbo e a Morte, O Cavalo Encantado, ou Canto da Véspera. Ficou ainda famoso por um programa que apresentava na RTP, chamado Se bem me lembro!
Miguel Torga pseudônimo de Adolfo Correia Rocha 🇵🇹 (1907-1995) foi um poeta português nascido em S. Martinho de Anta, viveu no Brasil durante a infância, vindo a licenciar-se em Medicina, em Coimbra, onde passou a viver. Foi autor de peças dramáticas e ficcionista, além de poeta. Estreou-se com Ansiedades, destacando-se no domínio da poesia com Orfeu Rebelde, Cântico do Homem, bem como através de muitos poemas dispersos pelos 16 volumes do seu Diário. Recebeu o Prémio Camões em 1989 e o prêmio Vida Literária (da Associação Portuguesa de Escritores) em 1992.
Eugénio de Andrade pseudónimo de José Fontinhas 🇵🇹 (1923-2005), foi um poeta português nascido em Póvoa de Atalaia, no Fundão. Tem uma biblioteca com o seu nome na cidade. Em 1943 mudou-se para Coimbra. Entre as dezenas de obras que publicou encontram-se, na poesia, Os amantes sem dinheiro (1950), As palavras interditas (1951), Escrita da Terra (1974), Matéria Solar (1980), Rente ao dizer (1992), Ofício da paciência (1994), O sal da língua (1995) e Os lugares do lume (1998). Em prosa, publicou Os afluentes do silêncio (1968), Rosto precário (1979) e À sombra da memória (1993).
Natália Correia 🇵🇹 (1923-1993) foi uma poetisa, ficcionista, autora dramática e ensaísta portuguesa, nascida nos Açores. Conhecida pela sua irreverência, distinguiu-se igualmente na vida política, tendo sido deputada. Assinou uma série de programas televisivos Mátria que a projetaram junto do grande público. A sua obra poética completa foi publicada em 1999, num volume com mais de 600 páginas.
David Mourão-Ferreira 🇵🇹 (1926-1996) nasceu em Lisboa. Licenciado pela Universidade de Lisboa, onde foi professor catedrático, foi Secretário de Estado da Cultura e diretor do jornal A Capital, já desativado. Foi um dos responsáveis pelas bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi ensaísta, romancista, poeta, crítico literário e tradutor. Vencedor de vários prêmios literários, de entre a poesia destacam-se: A Secreta Viagem, Do Tempo ao Coração», Cancioneiro do Natal, Matura Idade e Ode à Música.
Manuel Alegre 🇵🇹 (1936-) nasceu em Águeda. Estudou Direito na Universidade de Coimbra, tendo-se distinguido na oposição ao Estado Novo, vivendo exilado em Paris e na Argélia. Após o 25 de abril, regressou a Portugal, militando no PS, distinguindo-se em diversos momentos da vida política. Foi candidato à Presidência da República em 2006. A sua obra é extensa e traduzida em várias línguas.
Mário de Carvalho 🇵🇹 (1944 -) nasceu em Lisboa, fez Direito e viu o serviço militar interrompido pela prisão. Desde muito cedo ligado aos meios da resistência contra o salazarismo, foi condenado a dois anos de cadeia, tendo de se exilar após cumprir a maior parte da pena. Depois da Revolução dos Cravos, em que se envolveu intensamente, exerceu advocacia em Lisboa. O seu primeiro livro, Contos da Sétima Esfera, causou surpresa pelo inesperado da abordagem ficcional e pela peculiar atmosfera, entre o maravilhoso e o fantástico.
Herberto Helder de Oliveira 🇵🇹 (1930-2015) foi um poeta português, considerado o “maior poeta português da segunda metade do século XX” e um dos mentores da Poesia Experimental Portuguesa.
Daniel Faria 🇵🇹 (1971-1999) precocemente falecido aos 28 anos de idade, quando estava prestes a concluir o noviciado no Mosteiro Beneditino de Singeverga.
Vasco Pereira da Costa 🇵🇹 Natural de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, e vive em Coimbra desde 1966, onde se licenciou na Faculdade de Letras em Filologia Românica. Publicou Nas Escadas do Império, Amanhece a Cidade, Venho cá mandado do Senhor Espírito Santo, Memória Breve, Riscos de Marear, Sobre-Ripas/Sobre-Rimas, Terras e My Californian Friends. Em 1984, recebeu o Prémio Literário Miguel Torga.
José Ribeiro Ferreira 🇵🇹 ( ) Nascido em Santo Tirso, é professor catedrático jubilado na Faculdade de Letras de Coimbra. Tem mais de uma centena e meia de trabalhos publicados – entre livros, artigos em revistas e enciclopédias. No domínio da poesia é autor de Ulisses sem Feaces, Os Olhos no Presente, Pesa o Momento a Eternidade, Telhas de Outro Alpendre, A Outra Face do Labirinto.
José de Sousa Saramago 🇵🇹 (1922-2010) nascido em Azinhaga, Golegã, foi o escritor português galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou, em 1995, o Prémio Camões, o mais importante da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efetivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa. Através de parábolas sustentadas pela imaginação, compaixão e ironia, nos permite apreender continuamente uma realidade fugidia.
Manuel Silva-Terra 🇵🇹 (1955-) nasceu em Orvalho, localidade do concelho de Oleiros. Estudou Filosofia na Universidade de Coimbra. Destacou-se como poeta e editor da Editora Licorne. Fragmentos, Campos Magnéticos, Condomínio, ou Lira, o seu último livro, são algumas das suas obras. Reside em Évora onde é professor do ensino secundário.
Valter Hugo Mãe 🇵🇹 (1971-) nome artístico do escritor português Valter Hugo Lemos, nascido em Angola. Além de escritor é editor, artista plástico, apresentador de televisão e cantor. Sua obra está traduzida em várias línguas, merecendo um prestigiado acolhimento. Publicou sete romances: Homens imprudentemente poéticos; A desumanização; O filho de mil homens; a máquina de fazer espanhóis; o apocalipse dos trabalhadores; o remorso de baltazar serapião (Prémio Literário José Saramago) e o nosso reino.
José Luís Peixoto 🇵🇹 (1974–) nasceu em Galveias e é um dos destaque da literatura portuguesa contemporânea. Em 2001, ganhou o Prémio Literário José Saramago ao romance Nenhum Olhar. Com Livro, venceu o prémio Libro d’Europa, atribuído ao melhor romance europeu publicado no ano anterior, e no Brasil, o Prêmio Oeanos com Galveias. Publicou Dentro do Segredo, Uma viagem na Coreia do Norte (2012), sua primeira incursão na literatura de viagens. Seus romances estão traduzidos em mais de trinta idiomas. As suas mais recentes obras são Autobiografia (2019), prosa, e Regresso a Casa (2020), poesia.
Matilde Campilho 🇵🇹 (1982-) é uma escritora e poetisa portuguesa nascida em Cascais. Durante três anos publicou alguns poemas em jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Em 2014 saiu o seu primeiro livro, Jóquei. O segundo, Flecha, foi publicado em 2020.