“A cada vez, menos é feito.

Até que a não-ação seja alcançada.

Quando nada é feito, nada fica por fazer.”

 

Lao Tzu


Félix Vallotton, Indolência ou Preguiça, 1896 | A arte está repleta de representações onde a indolência não é explícita, mas esta xilogravura coloca a personagem numa posição indolente já no nome, e traz uma mulher normal, que por acaso está deveras tranquila. Ela é vista nua, de bruços, a brincar com um gato. Os intrincados padrões da colcha e das almofadas, xadrez, zigue-zague, pontos, traços, e treliças são criados no jogo entre branco e preto. Vale lembrar que nas representações de Vênus, de Giorgione ou Tizian, nunca a vemos fazendo nada, a bela figura mitológica está sempre ociosa, como a dama de Vallotton.


Lao Tzu, Lao Zi ou Laozi (571 – 531 a.C.) foi um filósofo e escritor da Antiga China. É conhecido por ser o autor do importante livro Tao Te Ching, por ser o fundador do taoismo filosófico e por ser uma divindade no taoismo religioso e nas religiões tradicionais chinesas.