Minha primeira viagem para Londres, em 2003, certamente foi uma das mais importantes da minha vida. Aos dezoito anos, sozinha, sem passagem de volta, com cem libras in cash e bastante medo no peito, embarquei em um modelo antigo da Varig. A capital do Reino Unido é uma das cidades mais apaixonantes do mundo, pela diversidade e intrigante harmonia entre aristocrático e moderno, arrojado e conservador – abrangendo desde a realeza mais badalada de toda a Europa até os remanescentes do transformador movimento punk dos anos oitenta. Basta uma breve caminhada por Knightsbridge ou mesmo Piccadilly Circus para perceber o interessante contraste que denota um dos espíritos mais livres do planeta. Além da beleza de catedrais e palácios, o fascínio de Londres está em ganhar intimidade com seu desenho e sua rotina. É obrigatório explorar seus parques a pé, em busca de sol, como os milhares de londrinos na hora do almoço. Perambular por suas ruas e bairros mais famosos, ainda que sem rumo certo, pois na Londres central, todas as áreas valem a pena. Se aventurar no tube labiríntico que quadricula a cidade por baixo e não decepciona em eficiência.

Ashford 

Este distrito sempre será especial para mim, pois foi onde morei. Sub-distrito de Londres, a 20 min do centro via trem e super próximo do Aeroporto Heathrow. Lá eu circulei por todas as ruas e lojas e jardins, conheci os detalhes das quatro estações. Tomei muitos cafés na Jolly Baker e frequentei a Library semanalmente.

visita noturna

London Eye

A London Eye é a terceira maior roda gigante do mundo e um dos pontos turístico mais disputados de Londres. Ela tem 135 metros de altura e serve como um observatório da cidade. O passeio dura 30 minutos. Eu estava ansiosa porque a beleza e a altura impressionam. Depois passei o reveillón e vi fogos de artíficio serem disparados de cada vagão.

Big Ben

O relógio mais famoso do mundo e também a torre mais lembrada. O que a maioria chama de Big Ben é a Clock Tower, no Palácio de Westminster, o Parlamento do Reino Unido.

Westminster

O Palácio de Westminster encontra-se às margens do rio Tâmisa, num complexo de inúmeros prédios governamentais. Ali estão a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns. Um dos mais imponentes e característicos prédios de Londres, ele abriga mais de mil salas e cinco quilômetros de corredores. Embora sua arquitetura lembre construções mais antigas, o Parlamento como se vê hoje só começou a se configurar a partir do século XVI, no reinado do Rei Eduardo VI. Um incêndio em 1834 destruiu quase todo o prédio antigo.

A Abadia de Westminster foi arquitetada em estilo gótico e é famosa mundialmente por ser o local de coroação da monarquia. Fundada oficialmente em 970 d.C., a Abadia é hoje um ponto turístico e de peregrinação, mas também uma igreja em funcionamento. Só é permitido tirar fotos do lado de fora e visitar o local onde William Shakespeare, Sir Isaac Newton e Charles Darwin estão sepultados. Local do casamento do Príncipe William com Kate Middleton, em 2011.

Tate Modern

Vários projetos e obras são bastante ousados. A instalação mais interessante foi The Weather Project, de Olafur Eliasson. Completamente envolvente, como um sol artificial. E era esse justamente o objetivo, simular o aquecimento solar. Só as dimensões do local onde foi instalada já impressionam, mas aos poucos a temperatura começa a contribuir para uma sensação cada vez mais artificial.

Covent Garden

O que um dia foi um mercado de flores, frutas e verduras é hoje um exemplo de reciclagem urbana. Um agradável complexo de bares, restaurantes, lojas e teatros, além de ser palco para os mais surpreendentes e divertidos shows de rua.

Espetáculos

Agraciada com uma extensa coleção de atrações fabulosas, Londres oferece uma infinidade de programas culturais e opções de entretenimento de domingo a domingo. Mais de 250 eventos e espetáculos acontecem simultaneamente ao longo de todo o ano, desde peças clássicas a lançamentos, obras de William Shakespeare e autores contemporâneos, óperas, concertos de todo tipo de músicas. Construída para a virada do milênio, a O2 Arena, inicialmente conhecida como o Millenium Dome é, atualmente, a melhor casa de espetáculos da cidade. É aqui que os grandes shows acontecem. Também apresentações e competições esportivas. O complexo abriga, ainda, cinemas e diversos restaurantes.

Royal Parks

Antigas propriedades dos monarcas do Reino Unido que eram utilizadas para recreação da família real. Com a urbanização da cidade, a entrada dos parques foi aos poucos liberada para o público. No outono, enchem os olhos dos visitantes com um verdadeiro show de folhas amarelas e vermelhas aos pés das árvores. Já na primavera, o encanto se deve ao fascinante festival de flores e verdes gramados. Uma sugestão para os que apreciam agradáveis caminhadas é sair da frente do Palácio de Buckingham e passar por dentro do Parque St. James em direção à Piccadilly Circus, ou, na outra direção, atravessar o Green Park em direção ao Hyde Park, terminando no gracioso Palácio de Kensington, antiga residência da Princesa Diana.

Leicester Square

A uma curta distância da Piccadilly Circus, concentra cinemas, teatros, galerias, bares, restaurantes, lojas e shows de rua neste efervescente ponto de encontro dos amantes das artes. É aqui que grande parte das pré-estreias de filmes são realizadas na Europa, com todo o glamour do tapete vermelho e a presença das maiores estrelas do cinema mundial.

Shoreditch

Grafites estampam os muros de Shoreditch, bairro que se destaca por ser um dos polos de criatividade e arte de Londres. Muitos artistas escolheram morar nessa região, que hoje abriga inúmeras galerias de arte e fotografia. A vida noturna também é intensa, com restaurantes, pubs e casas de shows sempre movimentados. A área é conhecida como Tech City, pelo fato de muitas empresas de tecnologia terem se instalado ali. Mas além da atmosfera moderninha, o bairro ainda abriga história, como a Igreja de São Leonardo, que sobreviveu aos bombardeios durante a Segunda Guerra.

Harrods

Fundada em 1834, a maior e mais tradicional loja da capital inglesa tem como lema Omnia Omnibus Ubique, que significa “Todas as coisas, Para todos, Em todo lugar”.

Oxford Street

A rua mais movimentada de toda a Europa abriga mais de 300 lojas, em sua maioria grandes grifes e multinacionais. A Oxford cruza a Regent Street.