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Demônios

Aluísio Azevedo

Neste título da coleção Clássicos em HQ, o premiado quadrinista Eloar Guazzelli transpõe o conto “Demônios”, de Aluísio Azevedo, de 1895 para o universo dos quadrinhos. Admirador do gênero fantástico desde adolescente, Guazzelli pinçou, na vasta obra de um autor célebre por sua produção naturalista, um conto fantástico de grande vigor – tanto que lhe rendeu também o reconhecimento como precursor da literatura fantástica no Brasil. Com Demônios em quadrinhos, Guazzelli realiza um belo trabalho de adaptação, dosando com extrema perícia os tons da terrível noite descrita por Aluísio, e mantendo, assim, o mistério de “Demônios”. Com seu estilo inconfundível, contribui para trazer à tona um texto pouco conhecido de um grande autor brasileiro.


Aluísio Azevedo 🇧🇷 (1857 – 1913) nascido em São Luís, no Maranhão, foi um romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro; além de desenhista e pintor. Ainda em pequeno revela pendores para o desenho e para a pintura, dom que mais tarde lhe auxiliaria na produção literária. Em 188 publica O Mulato, obra que escandaliza pelo modo cru com que desnuda a questão racial e inaugura o Naturalismo na literatura brasileira.O autor já demonstra ser abolicionista convicto.

Odisseia

Homero, Piero Bagnariol, Tereza Virginia Ribeiro Barbosa

Com cerca de 2.700 anos, a Odisseia continua sedutora, vigorosa e surpreendente. Nesta tradução para os quadrinhos, o texto grego, que está na origem da literatura, se apresenta ainda mais tenaz, oferecendo ideias, imagens, versos, personagens, mecanismos e estratagemas inventivos que reúnem, em uma grande ciranda, o contexto grego de partida e os muitos outros a que a narrativa chegou.

Homero (Autor), Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa (Tradutor), Piero Bagnariol (Ilustrador)


Tereza Virginia Ribeiro Barbosa

Piero Bagnariol nasceu na Itália e veio para o Brasil com vinte anos, em 1992. Quadrinista e grafiteiro, é um dos fundadores da revista Graffiti 76% quadrinhos, que edita desde 1995. É autor de Um dia uma morte, com roteiro de Fabiano Barroso, Divina Comédia em quadrinhos, com seu pai, Giuseppe, Orestes em quadrinhos, de Eurípedes, e Odisseia em quadrinhos, de Homero, as duas últimas traduções realizadas diretamente do grego para a linguagem quadrinística. Ilustrou vários livros e é autor da série Blavatsky, que já tem lançados os Anos velados e O diário de Olcott.

Os Lusíadas em Quadrinhos

Luís Vaz de Camões & Fido Nesti

A obra máxima da língua portuguesa, Os Lusíadas, de Luís de Camões, recebeu sua versão HQ por meio do traço marcante do cartunista paulistano Fido Nesti. A obra completa é composta de dez cantos, 1.102 estrofes e 8.816 versos decassílabos, e narra a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. Na HQ é o próprio Camões quem guia o leitor nessa viagem literária, na qual encontrará com Vasco da Gama, Inês de Castro, o Velho do Restelo e os deuses da mitologia no capítulo final intitulado “A ilha dos amores”. A maior obra épica da língua portuguesa, de Luís de Camões, foi transporta para os quadrinhos em 2006. A obra faz parte da Série Clássicos em HQ, da editora Peirópolis. A profusão de cores, exageros e traços que oscilam entre a força e a delicadeza faz deste trabalho uma leitura antológica sobre essa obra clássica do mundo lusitano, exemplo fundamental de releitura e tradução entre linguagens aparentemente inconciliáveis: um atraente roteiro em quadrinhos que aproxima o leitor do mundo de Vasco da Gama com a elegância da língua-mãe. Por acessar a obra original de Camões, procurar algum canto específico, o site Os Lusíadas disponibiliza a obra dividida em cantos e estrofes.


Luis Vaz de Camões 🇵🇹 (supostamente 1524-1580) e morreu em Lisboa. Soldado e poeta, viveu uma vida plena de aventuras a serviço do reino português batendo-se contra mouros, beduínos e outros inimigos da Coroa. Frequentou a corte de D. João III, onde, conta-se, fazia muito sucesso com as mulheres. Viajante emérito, seguiu para o Marrocos, onde perdeu o olho direito numa batalha contra os mouros. Na costa da Conchinchina, naufragou e perdeu sua Dinamene, mas conseguiu salvar os originais do seu futuramente épico Os Lusíadas. Enorme talento para relatar suas experiências como amante e aventureiro. Escreveu o poema-símbolo da língua portuguesa que relata a grande saga dos “descobrimentos”. Ficou célebre também pelos seus sonetos, considerados obras-primas pelo apuro poético e rigor da métrica.