tag . Peirópolis

Odisseia

Homero, Piero Bagnariol, Tereza Virginia Ribeiro Barbosa

Com cerca de 2.700 anos, a Odisseia continua sedutora, vigorosa e surpreendente. Nesta tradução para os quadrinhos, o texto grego, que está na origem da literatura, se apresenta ainda mais tenaz, oferecendo ideias, imagens, versos, personagens, mecanismos e estratagemas inventivos que reúnem, em uma grande ciranda, o contexto grego de partida e os muitos outros a que a narrativa chegou.

Homero (Autor), Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa (Tradutor), Piero Bagnariol (Ilustrador)


Tereza Virginia Ribeiro Barbosa

Piero Bagnariol nasceu na Itália e veio para o Brasil com vinte anos, em 1992. Quadrinista e grafiteiro, é um dos fundadores da revista Graffiti 76% quadrinhos, que edita desde 1995. É autor de Um dia uma morte, com roteiro de Fabiano Barroso, Divina Comédia em quadrinhos, com seu pai, Giuseppe, Orestes em quadrinhos, de Eurípedes, e Odisseia em quadrinhos, de Homero, as duas últimas traduções realizadas diretamente do grego para a linguagem quadrinística. Ilustrou vários livros e é autor da série Blavatsky, que já tem lançados os Anos velados e O diário de Olcott.

Os Lusíadas em Quadrinhos

Luís Vaz de Camões & Fido Nesti

A obra máxima da língua portuguesa, Os Lusíadas, de Luís de Camões, recebeu sua versão HQ por meio do traço marcante do cartunista paulistano Fido Nesti. A obra completa é composta de dez cantos, 1.102 estrofes e 8.816 versos decassílabos, e narra a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. Na HQ é o próprio Camões quem guia o leitor nessa viagem literária, na qual encontrará com Vasco da Gama, Inês de Castro, o Velho do Restelo e os deuses da mitologia no capítulo final intitulado “A ilha dos amores”. A maior obra épica da língua portuguesa, de Luís de Camões, foi transporta para os quadrinhos em 2006. A obra faz parte da Série Clássicos em HQ, da editora Peirópolis. A profusão de cores, exageros e traços que oscilam entre a força e a delicadeza faz deste trabalho uma leitura antológica sobre essa obra clássica do mundo lusitano, exemplo fundamental de releitura e tradução entre linguagens aparentemente inconciliáveis: um atraente roteiro em quadrinhos que aproxima o leitor do mundo de Vasco da Gama com a elegância da língua-mãe. Por acessar a obra original de Camões, procurar algum canto específico, o site Os Lusíadas disponibiliza a obra dividida em cantos e estrofes.


Luis Vaz de Camões 🇵🇹 (supostamente 1524-1580) e morreu em Lisboa. Soldado e poeta, viveu uma vida plena de aventuras a serviço do reino português batendo-se contra mouros, beduínos e outros inimigos da Coroa. Frequentou a corte de D. João III, onde, conta-se, fazia muito sucesso com as mulheres. Viajante emérito, seguiu para o Marrocos, onde perdeu o olho direito numa batalha contra os mouros. Na costa da Conchinchina, naufragou e perdeu sua Dinamene, mas conseguiu salvar os originais do seu futuramente épico Os Lusíadas. Enorme talento para relatar suas experiências como amante e aventureiro. Escreveu o poema-símbolo da língua portuguesa que relata a grande saga dos “descobrimentos”. Ficou célebre também pelos seus sonetos, considerados obras-primas pelo apuro poético e rigor da métrica.

I-Juca Pirama

Gonçalves Dias & Laerte Silvino

Versão para os quadrinhos de um dos mais famosos poemas indianistas do romantismo brasileiro: I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Publicado em 1851, o poema apresenta em 10 cantos a história do grande guerreiro tupi I-Juca Pirama e o drama de sua captura pela tribo dos índios timbiras. I-Juca Pirama – cujo nome significa, em tupi, “aquele que há de ser morto” -, ao cumprir a exigência de entoar seu canto de morte antes de ser sacrificado e devorado pelos inimigos, pede que o deixem viver para cuidar do pai doente. Seu pedido é interpretado como covardia e ele é solto, e a partir daí a história se desenrola até que ele possa provar sua coragem e recuperar a sua honra. Laerte Silvino esmerou-se na escolha de cores, texturas e atmosferas para compor suas imagens, e contou com a contribuição de Maurício Soares Filho na elaboração do roteiro, que certamente aproximará as novas gerações dessa história romântica que expressa um rígido código de ética de um povo.