Estado de Sítio, de Albert Camus, lançada originalmente em 1948, é uma peça de teatro que se passa em uma pequena cidade litorânea, assolada pela peste e dominada pelo medo.

Para Camus, o medo era o mal do século XX e, por isso, ele o utiliza como fio condutor desta obra, que, para muitos críticos, é uma alegoria da ocupação, da ditadura e do totalitarismo.
Nesta nova e inédita edição, foram reunidos um prefácio de Pierre-Louis Rey, documentos históricos, entrevistas, uma nota assinada pelo autor sobre a peça e um testemunho de Jean-Louis Barrault, contando a história de sua colaboração com Camus para a composição e encenação de Estado de sítio, e analisando as razões do seu fracasso.

A edição apresenta, ainda, críticas à peça, encenada pela primeira vez em 27 de outubro de 1948, pela Companhia Madeleine Renaud-Jean-Louis Barrault, no Théâtre Marigny, com direção de Simonne Volterra e resposta de Camus à crítica, reunindo assim, tudo que já foi dito sobre a peça.

Estado de Sítio é uma oportunidade única para descobrir a grandeza da dramaturgia de Camus.