Construído à maneira de uma conferência de três dias sobre o tema da ironia, Paris não tem fim (título de um dos capítulos de Paris é uma festa, de Ernest Hemingway) é um divertido e melancólico relato ficcional e autobiográfico do espanhol Enrique Vila-Matas sobre o exílio voluntário de dois anos em que alugou, patrocinado por seus pais, a água-furtada de Marguerite Duras, durante o período da ditadura franquista.

Artistas, escritores, cineastas, intelectuais e travestis exilados na capital francesa nos anos 1970 acompanham o jovem aprendiz de romancista pelas ruas, festas, cafés e livrarias em que se dá sua formação – ou “deformação”.

 


Enrique Vila-Matas 🇪🇸 (1948-) é um premiado escritor catalão, nascido em Barcelona. As suas obras são uma mescla de ensaio, crónica jornalística e novela. A sua literatura, fragmentária e irónica, dilui os limites entre a ficção e a realidade. Em 1968 foi viver em Paris, autoexilado do governo de Franco e à procura de maior liberdade criativa.