A duas horas e meia de Lisboa está Aveiro, capital do distrito de mesmo nome. A cidade é super colorida carrega a cultura da pesca e das delícias culinárias. É chamada de “Veneza portuguesa”, por conta dos canais, pontes e das pequenas embarcações que circulam por ali – os charmosos moliceiros. Mas pessoalmente acho esse apelido mal colocado. Diferente da prima italiana, Aveiro é dona de uma aura calma e aberta, além de contar com a mistura certa das atmosferas jovem e tradicional. A principal praça da cidade é a Humberto Delgado e fica bem em cima do Canal Central. Uma boa opção é começar fazendo um passeio de moliceiro, que dá uma perspectiva da cidade.


Passeio de Molicero

Clássico, o passeio de molicero é indispensável. Aí vão bons motivos para encarar essa atração: eles percorrem os três principais canais da cidade, por cerca de 15€, o grupo passa por uma antiga fábrica de cerâmica, pelo famoso Jardim do Rossio e pelos cais de São Roque e Butirões. A jornada termina perto do Mercado de Peixe.


Mercado de Peixe

Uma vez de volta, embrenhe-se pela ruelas das redondezas do canal, onde poderá ver diversos prédios art nouveau, esbarrar com uma feirinha de antiguidades, conhecer o Mercado de Peixe projetado pelo engenheiro Eiffel (o mesmo da torre parisiense). Aproveite para almoçar no terraço. Depois vale conferir as antigas casas dos pescadores.  Como sobremesa, claro, não deixe de experimentar os famosos ovos moles.


Ovos Moles de Aveiro

Os ovos-moles, doce conventual aveirense, são um dos produtos mais conhecidos da região e da cidade de Aveiro. Á base de ovos e de açúcar, a forma de apresentação é o que o torna verdadeiramente peculiar. Em barricas de madeira, decoradas com pinturas locais, ou em miniaturas de plantas e animais piscatórios, os ovos-moles de Aveiro foram o 1º produto de confeitaria português a ser certificado. Onde comer Ovos Moles de Aveiro? Em todo lugar, sério. Até nos mercados de outras cidades é fácil encontrar as caixinhas de ovos moles de Aveiro.


Museu de Aveiro

Próximo ao Canal Central está o Museu de Aveiro, que não é muito grande, mas guarda algumas pérolas, como o belo túmulo da princesa Santa Joana. Fundado em 1458, este antigo convento dominicano feminino onde viveu Santa Joana Princesa reflete a vivência da comunidade das freiras ao longo de cerca de quatro séculos, com diferentes estilos arquitetônicos. De destacar a Igreja de Jesus, decorada com uma suntuosa talha dourada e azulejos portugueses. Esta igreja é um notável exemplo da exuberância da decoração barroca.


Igreja de Válega

A caminho ou na volta do Porto, uma parada fofa. Taí uma igrejinha de tirar o fôlego dos visitantes, católicos ou não. A azulejaria pintada à mão, combinada com vitrais importados da Espanha e madeira brasileira, resultou em um ponto interessante e muito bonito. Levou mais de um século para que a igrejinha ficasse pronta, em Ovar – município considerado patrimônio histórico e museu a céu aberto. A variedade de cores e padronagens de azulejos em suas casas chama a atenção.