Hammer, uma noite inteira em dois atos

Alexander Ekman

Bailado do multipremiado coreógrafo sueco

Uma comunidade harmoniosa compartilha um estilo de vida altruísta inspirado na era hippie. Correm, brincam, cantam e aproveitam a vida. Mas, lentamente, a comunidade avança em direção à era moderna com a sua vigilância omnipresente. O comportamento do grupo torna-se cada vez mais egoísta e individualista. O segundo ato, passa-se num lugar diferente. Encontramos um grupo de pessoas autoconscientes em bolhas solitárias. Eventualmente, incapazes de lidar com as falsas pretensões, são forçadas a abandonar a fachada da sua imagem consciente e a regressar a uma existência altruísta. O multipremiado coreógrafo sueco Alexander Ekman é ousado, imprevisível e inovador, assim como a Göteborgs Operans Danskompani. O seu trabalho visualmente poderoso destaca a autoimagem da sociedade contemporânea, muitas vezes com um toque humorístico. Ekman criou cerca de 50 obras, que foram apresentadas por quase o mesmo número de companhias de dança em todo o mundo. Hammer, uma noite inteira em dois atos, com música de Mikael Karlsson, é o seu terceiro trabalho para Göteborgs Operans Danskompani.

As expansões de ternura

Graciliano Ramos

As expansões de ternura exigem a solidão.
Silêncio, calma, nada de rumor.

 

In: Graciliano Ramos, Linhas Tortas. Ed. Record; 7.ª edição (1979)


Graciliano Ramos 🇧🇷 (1892-1953) foi um escritor brasileiro de Alagoas. O romance Vidas Secas foi sua obra de maior destaque. É considerado o melhor ficcionista do Modernismo e o prosador mais importante da Segunda Fase do Modernismo.Suas obras embora tratem de problemas sociais do Nordeste brasileiro apresentam uma visão crítica das relações humanas, que as tornam de interesse universal. Seus livros foram traduzidos para vários países, e Vidas Secas, São Bernardo e Memórias do Cárcere foram levados para o cinema.

Perto das trevas, a depressão em seis perspectivas psicanalíticas

Alexandre Patricio de Almeida, Alfredo Naffah Neto

Autores de diferentes vertentes da psicanálise refletem sobre pontos relativos às problematizações em torno do campo das depressões

Naffah Neto e Almeida propuseram a reflexão sobre o livro Perto das trevas, do renomado escritor William Styron, no qual narra seu mergulho em uma depressão avassaladora em um circuito de infernal e insuperável sofrimento. Essa reflexão é feita por comentários e observações tecidas por psicanalistas de diversas orientações teóricas em seis capítulos diferentes, nos quais os autores “interpretam” o texto à luz das ideias de S. Freud, S. Ferenczi, M. Klein, W. R. Bion, em que faço minha contribuição pessoal, D. Winnicott, J. Lacan e outros psicanalistas de linhagem francesa. A proposta não é gerar controvérsia ou disputa de hegemonias e verdades, mas mostrar ao leitor, em uma linguagem também acessível ao leigo interessado, como essa questão tão relevante é abordada e lidada por essas diferentes correntes do pensamento psicanalítico.