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Expedição: Nebulosa

Marília Garcia

“por que você não escreve com/ emoção?/ alguém pergunta/ e eu amarro a pergunta/ na ponta desse poema/ deixo tombar até o fundo/ do mar”, escreve Marília Garcia em “Canção da linha”. Em seu novo livro, a autora do premiado Câmera lenta se concentra na figura mitológica da ninfa Eco para se dedicar à investigação de lugares, lembranças e vínculos que estabelecem entre si uma espécie de cartografia afetiva.

Para Diana Klinger, que assina a orelha do volume, “Eco se torna também um princípio de composição: ecoa a voz da mãe que se foi (…), ecoa as cidades do Rio e de São Paulo, nos mapas sobrepostos dos percursos afetivos traçados por Marília, a história natural e os acontecimentos cotidianos, e também o passado e o presente, nas camadas da memória, formando um palimpsesto espaço-temporal.”


Marília Garcia 🇧🇷 (1979 -) é uma poeta, artista, tradutora e editora brasileira. Publicou os livros 20 poemas para o seu walkman, Engano geográfico, Um teste de resistores, Paris não tem centro, Câmera lenta e Expedição Nebulosa (2023).

Demônios

Aluísio Azevedo

Neste título da coleção Clássicos em HQ, o premiado quadrinista Eloar Guazzelli transpõe o conto “Demônios”, de Aluísio Azevedo, de 1895 para o universo dos quadrinhos. Admirador do gênero fantástico desde adolescente, Guazzelli pinçou, na vasta obra de um autor célebre por sua produção naturalista, um conto fantástico de grande vigor – tanto que lhe rendeu também o reconhecimento como precursor da literatura fantástica no Brasil. Com Demônios em quadrinhos, Guazzelli realiza um belo trabalho de adaptação, dosando com extrema perícia os tons da terrível noite descrita por Aluísio, e mantendo, assim, o mistério de “Demônios”. Com seu estilo inconfundível, contribui para trazer à tona um texto pouco conhecido de um grande autor brasileiro.


Aluísio Azevedo 🇧🇷 (1857 – 1913) nascido em São Luís, no Maranhão, foi um romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro; além de desenhista e pintor. Ainda em pequeno revela pendores para o desenho e para a pintura, dom que mais tarde lhe auxiliaria na produção literária. Em 188 publica O Mulato, obra que escandaliza pelo modo cru com que desnuda a questão racial e inaugura o Naturalismo na literatura brasileira.O autor já demonstra ser abolicionista convicto.

No Reino Perdido Do Beleléu

Maria Heloisa Penteado

Tudo que se perde vai parar no Beleléu. Como fazer para encontrar um lugar que nem existe nos mapas? Considerado altamente recomendável para a criança pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Acompanha Roteiro de Estudo. Esse livro conta a história de um menino desorganizado (Zé Léo) que deixa seu quarto uma bagunça e de tanto perder as coisas acaba indo parar também no Reino Perdido do Beleléu. Lá ele encontra uma rainha má (Maria Porunga III) que não quer deixá-lo voltar para casa. Sua irmã (Valdomira), uma menina extremamente organizada, vai à busca de seu irmão perdido e juntos vivem uma emocionante aventura.

No Reino Perdido Do Beleléu, Maria Heloisa Penteado (1986)